Mulheres: A importância do congelamento de óvulos

Mulheres: A importância do congelamento de óvulos

Técnica é indicada para mulheres que desejam adiar a gravidez por motivos profissionais ou pessoais

A mulher moderna e os seus desafios têm se colocado diante de um dilema, como ajustar a rotina de correrias diárias para tornar realidade o sonho de ter um filho? Uma pesquisa feita com 1000 mulheres americanas acima dos 35 anos revelou que relacionamentos, estilo de vida e questões financeiras foram os principais fatores que impactaram as decisões de adiar a gravidez.

A pesquisa feita pela Win, uma provedora de benefícios para construção familiar, apontou que ao adiar a gravidez, 93% das mulheres entrevistadas disseram que alcançaram objetivos relacionados ao estilo de vida ou às finanças. Outros estudos mostram que nos Estados Unidos e na Europa, segundo a Revista Forbes, os ganhos das mulheres que decidem ter filhos antes dos 35 anos, no auge da sua capacidade reprodutiva, despencam e suas trajetórias de carreira desaceleram. Os mesmos estudos, apontam que as mulheres que não têm filhos, em geral, continuam a aumentar seus ganhos em uma taxa semelhante à dos homens.

Para o Dr. Alfonso Massaguer, o congelamento de óvulos surge como a melhor alternativa para esse número crescente de mulheres que decidem pelo adiamento da gravidez. Massaguer é o especialista responsável pela clínica mãe de Medicina Reprodutiva onde a procura pela técnica não para de crescer. “A gente verifica entre as nossas pacientes que, pelo fato de as mulheres quererem engravidar cada vez mais tarde, este procedimento se apresenta como uma alternativa excelente para garantir uma gestação tardia, permitindo que a mulher escolha o melhor momento em sua vida para engravidar”, enfatiza.

Foi o caso de Larissa Martinez que estava com mais de 35 anos, quando realizou um teste que indicou uma reserva ovariana baixa. Sua ginecologista, inicialmente, desaconselhou o congelamento de óvulos, enquanto sua mãe confiou em uma concepção natural no tempo certo. No entanto, Larissa estava determinada a tomar medidas para preservar sua fertilidade. E preocupada com sua capacidade de conceber no futuro, ela buscou a ajuda de um especialista em reprodução. “Eu contei muito com o apoio de uma amiga que me deu a força necessária para buscar uma clínica de Reprodução onde fui acolhida e encorajada a seguir meus instintos”, revela.

Na clínica, ela recebeu as informações necessárias sobre como funciona o processo de congelamento de óvulos e as chances de sucesso do procedimento. “Atualmente existem muitas técnicas de congelar óvulos, porém a vitrificação é a mais comum, com sobrevivência de 95% no descongelamento. Mesmo com números tão elevados, ainda são necessários alguns cuidados para poder fazer essa extensão da fertilidade”, destacou o médico.

Para o Dr. Massaguer, o suporte da família e do entorno social da paciente é importante para o bem-estar emocional dela e para sucesso do tratamento. Mas é a determinação e a confiança na equipe médica que tornam a jornada mais promissora. Como no caso da Larissa que após o tratamento, conseguiu congelar seus óvulos, “esse foi um primeiro e importante passo para me dar a tranquilidade que eu preciso nesse momento da minha vida, sem abandonar o sonho de futuramente ter filhos”, finaliza.

Sobre Dr. Alfonso Massaguer – CRM 97.335

É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e atua em Reprodução Humana há 20 anos. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM).

Para ler o conteúdo na íntegra, acesse: https://www.jornaldoestadodorio.com.br/mulheres-a-importancia-do-congelamento-de-ovulos/


Como fazer o bebê mexer na barriga?

Como fazer o bebê mexer na barriga?

Cada gestação é única e a percepção da movimentação do bebê pode variar de mulher para mulher. Mas, para quem quer incentivar ainda mais que o pequeno se mexa, existem algumas atitudes que podem ajudar. Confira!

Sentir o bebê mexer dentro da barriga é uma das maiores delícias da gravidez e as gestantes esperam ansiosamente para este momento chegar. Mas, e se os pequenos demorarem mais do que era previsto para se movimentarem? Ou se eles ficarem muito paradinhos durante o ultrassom? Calma, não é preciso se desesperar! Algumas mulheres demoram mais para ter a percepção de movimentação do bebê, sem que isso fuja da normalidade. No entanto, para quem quer incentivar ainda mais os famosos chutinhos na barriga, existem algumas atitudes que podem ajudar.

Espere a hora certa

"Primeiramente, a gestante deve aguardar o período em que o bebê normalmente se mexe mais. Os primeiros movimentos do feto ocorrem por volta de 7 semanas de gravidez. Porém, só serão percebidos pela mãe a partir de 16 semanas. Algumas mulheres podem demorar até 22 semanas para sentirem a movimentação do bebê, o que pode gerar muita angústia, mas é completamente normal", assegura Alfonso Massaguer, ginecologista e obstetra pela Febrasgo.

De acordo com Natalia Castro, ginecologista e obstetra pela FEBRASGO da Clínica Vila Nova (SP), mulheres que estão grávidas pela primeira vez podem demorar um pouco mais que a média (cerca de 20 semanas) para perceber o bebê se mexer. "Outros fatores que influenciam a percepção mais tardia são o sobrepeso, mães que têm muita gordura abdominal ou aquelas que têm um cotidiano agitado e intenso e não têm tempo para perceber a sensação. Mas vale lembrar que o bebezinho saudável desde embrião é dotado da capacidade de movimentação corporal, ou seja, ele se mexe desde sempre, a percepção do movimento pela mamãe é que é variável", explica.

Por outro lado, algumas gestantes podem ter mais facilidade para perceber as movimentações do feto. "Mulheres com baixa gordura abdominal e que já tiveram gestações anteriores podem sentir o bebê um pouco antes", afirma a especialista.

Comidas calóricas

"A gestante nunca deve fazer o ultrassom em jejum. Bebê com fome é mais quietinho", destaca Natalia Castro. Por isso, é indicado sempre fazer uma refeição antes do exame. Alimentos calóricos e com alto indíce glicêmico são bem-vindos. "Quando a grávida consome doces, chocolates e brigadeiros costumamos constatar uma maior movimentação fetal", diz a especialista. Mas cuidado para não exagerar! O consumo excessivo de açúcar não faz bem, podendo aumentar o risco de diabetes gestacional. Com moderação, não há problema.

Toque e carinho

Fazer um carinho na barriga pode ser uma ótima forma de encorajar o movimento fetal. "Um estudo clínico mostrou que o toque materno no abdômen aumentou os movimentos fetais. A pesquisa foi conduzida com 28 mulheres grávidas entre 30 e 36 semanas de gestação, e o número médio de movimentos fetais aumentou de 5 para 8,5 durante o toque materno", afirma Alfonso Massaguer.

Em algumas situações, durante o ultrassom, é possível que a posição do bebê dificulte o exame, como explica Cinthia Calsinki, enfermeira obstetra pela UNIFESP. "Por isso, o médico pode estimular com toques com a mão da mãe ou até chacoalhar levemente a barriga para o bebê se mexer", diz.

O bebê se mexe mais à noite?

É comum sentir mais movimentações do feto durante a noite - o que às vezes pode até afastar o sono. Mas isso significa que o bebê se mexe mais nesse período? "Não há indícios de que o bebê se mexa mais pela noite. O que ocorre comumente é a maior sensibilidade da mãe à noite, pois é um período em que a mulher geralmente está em paz e atenta ao seu corpo", esclarece Massaguer.

"Além disso, o cortisol no ciclo circadiano é menor à noite, fazendo com que todos os 'sintomas' do corpo humano fiquem mais evidentes. Existe uma maior percepção da movimentação fetal à noite, mas isso não significa que o bebê se mexe mais", acrescenta Natalia Castro.
Como é o padrão dos movimentos do bebê?

Vale destacar que cada gestação é única e o ritmo do bebê pode variar muito. Mas, alguns padrões são mais comuns. "No segundo trimestre, os movimentos fetais são geralmente sentidos como leves tremores ou borboleteios. À medida que o bebê cresce, esses movimentos tornam-se mais fortes e frequentes", diz Alfonso Massaguer.

No terceiro trimestre, os movimentos são mais definidos e podem até ser visíveis externamente, como explica o obstetra da Febrasgo. Nessa fase, o padrão de movimentos pode incluir chutes, socos, soluços e rotações. "A frequência dos movimentos tende a aumentar até a 32ª semana, após a qual pode permanecer constante ou diminuir ligeiramente até o nascimento, devido ao espaço reduzido no útero", adiciona.

Quando se preocupar?

Embora seja possível que o bebê se mexa menos no final da gravidez, é preciso ter paciência e estar atenta às alterações que podem ocorrer no seu corpo. "O que importa é que os movimentos se mantenham rítmicos para o bebê. Por exemplo, se ele se mexe aproximadamente 40 vezes no dia, deverá ser um alerta sempre que ele se mexer menos da metade do que mexeu no dia anterior. Este é um sinal de busca por uma avaliação médica", orienta Natalia Castro.

Para ler o conteúdo na íntegra, acesse: https://revistacrescer.globo.com/gravidez/desenvolvimento-do-bebe/noticia/2024/03/como-fazer-o-bebe-mexer-na-barriga.ghtml


6 respostas para dúvidas sobre congelamento de óvulos

6 respostas para dúvidas sobre congelamento de óvulos

Mulheres, impulsionadas por metas profissionais e pessoais, estão optando por adiar a maternidade para fases mais maduras da vida. Com avanços na medicina reprodutiva, essa decisão se torna cada vez mais viável, permitindo que a gestação seja planejada para um momento considerado ideal.

“Naturalmente, com a correria e a inserção cada vez maior da mulher no mundo profissional, surgiram uma grande procura e intenção de congelar óvulos, principalmente pelo fato de as mulheres quererem engravidar cada vez mais tarde”, explica o Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista especialista em Reprodução Humana Diretor Clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado).

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam uma queda de 13% na taxa de fecundidade total das mulheres brasileiras entre 2018 e 2023. Por outro lado, observa-se um aumento de 16,8% na taxa de fecundidade entre mulheres com mais de 40 anos. Ainda, pesquisas do DATASUS indicam um crescimento de 46% no número de mães na faixa etária de 35 a 39 anos ao longo de 13 anos.

“Nos últimos anos, o congelamento de óvulos vem possibilitando a preservação da fertilidade e o planejamento da gestação com maior segurança e no momento de vida ideal para as mulheres que desejem ou necessitem adiar a maternidade“, analisa a Dra. Paula Beatriz Fettback, ginecologista especialista em Reprodução Humana pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

A seguir, os ginecologistas revelam detalhes do procedimento.

1. Para quem o congelamento de óvulos é indicado?

O tema envolve diversas camadas sociais. “Inicialmente, a técnica foi desenvolvida para pacientes oncológicas, objetivando maior confiança ao futuro reprodutivo de mulheres jovens ou sem filhos antes dos tratamentos de quimioterapia ou radioterapia”, contextualiza a Dra. Paula. Segundo ela, o procedimento também era bastante indicado para mulheres com risco de falência ovariana precoce.

“Hoje, ele envolve toda a questão social e cultural, como a liberdade de escolha, a igualdade de gênero, as mudanças nos padrões de vida e de relacionamentos e o impacto nas relações familiares”, define a médica.

2. Há idade limite para o congelamento?

Segundo a Dra. Paula, não há limite definido para o congelamento de óvulos, e toda mulher que ainda ovula, ou seja, menstrua naturalmente, pode congelar seus óvulos. Independentemente da idade, seja ela solteira ou não, se for o desejo da mulher, ela tem o direito de realizar o congelamento.

“No entanto, o importante é que ela receba as informações adequadas das verdadeiras chances de sucesso de acordo com a idade dela e o número de óvulos congelados, para desta forma tomar sua decisão”, enfatiza. Ainda conforme a médica, a literatura especializada diz que as chances de gestação futura estão ligadas com a idade da mulher que teve o óvulo congelado, sendo até 35 anos considerada o ideal.

3. Como é o procedimento?

O procedimento para o congelamento de óvulos pode variar de mulher para mulher. “Atualmente, existem muitas técnicas de congelar óvulos, porém a vitrificação é a mais comum, com sobrevivência de 95% no descongelamento”, conta o Dr. Alfonso. No geral, o médico explica que as etapas são as seguintes:

  • Indução de ovulação;
  • Coleta;
  • Maturação em laboratório;
  • Congelamento.

4. Tem prazo para fazer o descongelamento?

Os especialistas informam que os óvulos podem seguir congelados por tempo indeterminado, e que até mesmo uma mulher já em menopausa pode passar pela gestação. “Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina recomenda que a fertilização in vitro seja realizada até no máximo 50 anos de idade, para evitar riscos na gravidez”, aponta o Dr. Alfonso. Ainda segundo o médico, mesmo que a utilização desses óvulos ocorra aos 45 anos, ainda haverá uma taxa de 60% de sucesso.

5. Qual o investimento necessário?

O Dr. Alfonso estima que o processo gire em torno de R$ 10 mil a R$ 20 mil hoje em dia, considerando as medicações para a estimulação hormonal, até a coleta e o congelamento de fato. “Agora vale ressaltar que, além dos custos relacionados ao procedimento, em si, há um custo adicional da manutenção do material coletado, que fica cerca de R$ 1.200,00 por ano”, acrescenta o médico. O ginecologista ainda aponta a importância de avaliar os custos dos procedimentos de descongelamento e de fertilização.

6. Há efeitos colaterais resultantes do processo?

De acordo com a Dra. Paula, a estimulação hormonal do início pode causar retenção hídrica, aumentando o peso, eventualmente, de 1 a 2 kg, eliminados após a queda no nível hormonal. Fora isso, ela explica que podem ocorrer desconfortos abdominais, dores de cabeça, acne leve e instabilidade emocional, também durante o processo hormonal. “Depois de um ciclo menstrual natural, os efeitos tendem a passar”, tranquiliza a ginecologista.

Para ler o conteúdo na íntegra, acesse: https://jovempan.com.br/edicase/6-respostas-para-duvidas-sobre-congelamento-de-ovulos.html